esse nosso amor-desamor
que tanto me fascina
brutalmente, me assassina
me deixando em pedaços
com os pés sujos e descalços
me enchendo de poesia
que depois me esvazia
me enfeitiçando com os teus cantos
que despertam os meus prantos
que provocam o meu desejo
na perfeição do teu beijo
me conduzindo por tuas telas
para uma sala sem janelas
onde a insegurança nauseante
induz ao vômito da minha arte delirante
e fico assim, no breu
até o dia, que eu possa ser teu
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