Sunday, August 12, 2007




EYES



HAVE YOU EVER REALIZED

THAT IF YOU KEEP LOOKING

AT THOSE EYES...

THOSE CRITICAL EYES,

THEY LOOK LIKE UNPLEASANT FLIES?

Tuesday, May 15, 2007


se não me preenche
apenas me esvazia
de noite... de dia...

eu preciso de amor
bem no meio... sem receio...
pelos lados... aos bocados...

encher o peito... triste e estreito...
de flores coloridas... orquideas e margaridas

Sunday, May 06, 2007


OLHAR

Quero teus olhos
Dentro dos meus
Quero meus lábios
Dentro dos teus

Quero-te de dentro pra fora
De fora pra dentro

Esvaziar-me ao teu contento
E mesmo sem teu consentimento
Perder-me no teu corpo ao relento

Saturday, April 28, 2007


CARA-POETA

sou “cara-poeta” por natureza

por ser “poeta”
percebo estranhamente o mundo
os dias passam sem calendários
meu tempo não tem relógios
sigo tempos distintos
tempo dos meus instintos

por ser “cara”
não percebo o mundo
corro contra as horas e os dias
sou fantoche das rotinas
e deixo o construto social
contar minha história
inventar minha memória


Monday, April 23, 2007


DEVORO sonhos
dormidos e mofados
vazios e enfadonhos
nos momentos errantes
naqueles dias tristonhos

devoro sim
pedaços esquecidos
versos inacabados

misturo animal
misturo poeta
misturo um pouco de mim
ao que me resta
e me devoro

Monday, April 16, 2007



A BOCA

Porque tua boca
é tão pouca
para todos os beijos
que meus desejos
querem suplicar?

Porque os teus lábios
não se descobrem sábios
para minhas fantasias
e minha anatomia
loucamente te habitar?

Sunday, April 08, 2007

POETA DO AVESSO

vistam as minhas luas
costumo despí-las
durante a noite
quando escrevo os meus versos
queimem minhas musas
em fogueiras medievais
costumo idolatrá-las
nos momentos de paixão
rasguem os meus livros
costumo lê-los e seguí-los
nos momentos de solidão
mas preservem o poeta
sou um animal sonhador
posso recriar toda a magia
desse mundo poético perturbador



DO DESEJO DO POETA
o meu falo tem palavras
muitas imagens e melodias
e no ápice do meu lirismo
poesia, poesia e poesia

DA FRAGILIDADE DO POETA
sou palavra ambulante
seguindo um destino errante
vivo do meu coração palpitante
e da minha mente inquietante